1 de março de 2014

PS: Governo quer esconder resultado fundamental da avaliação. Quem engana Quem?????




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  • 28 de Fevereiro, 2014
O PS acusou hoje o Governo de querer esconder dos portugueses o "resultado fundamental" da 11.ª avaliação da troika ao programa de ajustamento português, lembrando que a "verdade" passará por mais cortes nos próximos anos.
"O país teve mais do mesmo [na 11.ª avaliação]. Terá ainda cortes para implementar em 2014, mais cortes adicionais para implementar em 2015, e ainda mais cortes para implementar em 2016", disse Eurico Brilhante Dias, membro do Secretariado Nacional do PS.
Apesar do "esforço de ocultação" do Governo, "é evidente que o resultado são mais cortes, adverte o socialista, que depois critica a "propaganda" do Governo.
O Governo vem dizendo que há boas notícias. Mas as boas notícias não servem para mascarar o essencial. O país não cumpriu os objectivos de dívida pública, défice, crescimento do PIB. O país não cumpre os objectivos de desemprego", declarou Eurico Brilhante Dias.
O não cumprimento destas metas leva a uma confrontação com a troika que reclama mais cortes do Estado português, e o Executivo liderado por Pedro Passos Coelho "está disponível para aplicá-los", diz o PS.
O Governo português comprometeu-se a apresentar nas próximas semanas novas medidas, cortes à 'troika'.E o cheque ficou condicionado à apresentação dessas medidas do Governo", sublinhou o membro do Secretariado Nacional do partido.
Eurico Brilhante Dias disse ainda que o PS "nunca teve dúvidas" que o fim do programa de resgate é o dia 30 de Junho de 2014, tendo feito essa pergunta aos elementos da troika que estiveram em Portugal para a 11.ª avaliação.
É óbvio que aquilo que está nos documentos é o fim do primeiro semestre de 2014. E por isso tivemos a óbvia notícia: o dia 17 de Maio, os cronómetros que vêm sendo plantados pelo mais, não são mais que propaganda eleitoral", disse o socialista.
Sobre os apelos do Governo aos consensos com o PS, Eurico Brilhante Dias diz que o Executivo tem um "confronto com a sociedade portuguesa e não com o PS", que "há mais de dois anos e meio que vem dizendo que a estratégia está errada".
Durante estes anos, nunca o PS foi ouvido. Nunca foi relevante considerar as propostas do PS. Sistematicamente as nossas propostas foram recusadas na Assembleia da República. Mesmo quando o PS procurou entendimentos (?) isso foi recusado. Quando o Presidente da República propôs um acordo interpartidário para o pós-troika, mais uma vez as nossas propostas foram recusadas", recordou o secretário nacional do PS.
O Governo apresentou hoje em conferência de imprensa as conclusões da 11.ª avaliação da troika (Fundo Monetário Internacional, Banco Central Europeu e Comissão Europeia) do programa de assistência financeira a Portugal.



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