18 de setembro de 2007

A onde vou por o gosto de ir visitar um museu!

Caros leitores já não é de todo estranho para vós que sou pintor de arte contemporânea há cerca de trinta anos e costumo dizer que os quadros são meus filhos e a pintura a minha paixão.
Isto quero dizer que estou na arte com o respeito que a arte de pintar merece e obriga a quem quer estar nela, pois bem trinta anos ganhei um estatuto de estar em vários países no estrangeiro há volta da arte e muitos anos a falar de arte a estudar arte e sobre tudo a ver que é muito importante para se saber falar da arte de pintar em madeira, em tela, em cartão, em vidro, em cartolina, em papel, em tecido,
em barro, em porcelana, etc. etc.
Agora falo na técnica, mas também há quem diga estilos ou vários estilos, e são frescos, contemporâneos, com temas quentes e outros frios, cubismo, geométrico, surrealista, clássicos
de vários séculos, Picasso, abstracto, pintura na cor, pintura de arte popular, figurativo, naturezas mortas, paisagem, nudismo, arte sacra, arte indisna, graffiti, etc. etc.
Bem e o que é que eu quero dizer com isto?
Quero dizer que, sempre que sei que há uma exposição aqui ó acolá vou ver, vou aos museus e é por aqui que vou entrar.
Foi ao museu Joe Berardo no centro cultural de Belém, e se alguma obra boa por lá há, também á paredes cheias de autenticas borradas e mais, as etiquetas escritas em estrangeiro que identificam os quadros, para português ler, ó para não perceberem nada daquilo digo eu, desculpem se me enganei.
Caros Leitores Por Onde Andam os Críticos De Arte Deste País?
Era preferível colocarem qualquer coisa nas paredes, mas colocarem uma informação ao público que a mesma parede se encontra, ó este espaço encontra-se em trabalho de reposição de outras obras mais recentes, eu explico e não cobro nada por isto!
Caros Senhores, responsáveis por os recintos de exposição só porque nada tem para colocarem nas paredes, porque os espaços são grandes e para encher parede colocarem lá borradas que nunca viram mão de pintor por muito inexperiente que fosse isso não, porque é um desrespeito á pintura há arte de pintar e mais, ás pessoas que percebem de arte e pagam para ir ver.
E é por aqui que vou de novo entrar, pagar para ir ver e não só?
Os muitos quilómetros que se andam por vezes para ir ver uma exposição e quando lá chegamos apanhamos uma das maiores decepções do momento mas que dá para pensar durante muito tempo e somos obrigados a dizer andam a brincar com isto e mais grave com o dinheiro que é do povo e com o povo em si.
Mas daqui também sai um alerta para a comunicação social, vão ver primeiro os inventos e depois fassam informação, quando não saímos todos a perder por as cabeças que se julgam de muito inteligentes enganando tudo e todos.
Eu explico este fim de semana passado, 16/IX/2007, desloquei-me até há Cidade de Elvas com o propósito de ir visitar o museu de arte moderna contemporânea existente recentemente na Cidade, pois meus amigos aquele é o meu museu, o que deve representar a arte que eu pinto e onde posso falar melhor, entrei dirigi-me para a recepção apresentei-me como pintor e só por ai não devia pagar entrada mas paguei, depois perguntei por a pessoa responsável por o museu que estivesse presente para poder trocar alguma informação há cerca do museu e da sua existência, estavam três senhoras na recepção que ficaram por segundos a olhar umas para as outras e eu apreciar o acto, depois lá uma com ar tímido disse pode falar comigo.
Então pergunto eu gostava de saber quem foram as pessoas ou entidades de tão boa vontade que levaram por diante abertura do museu, responde-me a senhora, o museu foi a Câmara de Elvas que restaurou o edifício que vos posso dizer que ficou muito bem restaurado, mesmo
lindo, porque se trata dum não muito pequeno palacete do século XVIII, depois foi dada a concessão de exploração por quinze anos ao Sr. Cachola, e eu ia ouvindo depois pergunto como era feita a aquisição das obras para o museu e a senhora diz-me não, os quadros expostos são todos da colecção particular do Sr.Cachola, eu devia de ter torcido o nariz um boca dito mas a senhora não deu conta e disse eu, mas se o Sr. com quinze anos para estar á frente do museu não vai concertesa manter durante todo esse tempo as mesmas obras expostas, responde-me a senhora isso já não lhe sei dizer, depois entregou-me um álbum de muito boa apresentação, boa encadernação, e em três idiomas português, inglês e espanhol, mas foi-me dizendo que algumas das pinturas já não estavam expostas, e eu perguntei mas as obras de um museu em tão curto espaço de tempo são deslocadas, isso não lhe sei dizer respondeu-me a senhora, e logo de seguida diz-me á um candeeiro
que está no álbum que já não se encontra no museu, foi ver no álbum
um lindo candeeiro do estilo saco século XVIII trabalhado todo em corda com fios de aço, tinha estado pendurado no salão nobre do museu que é lindo lindo de morrer, mas o candeeiro esse não estava mesmo lá, é a melhor peça de tudo que vi no álbum.
E eu continuava a não gostar do que ouvia da boca daquela senhora.
Bem digo eu, a senhora não sabe mas eu tenho em Elvas doze dos meus trabalhos na disposição de os mostrar ao Sr.Cachola afim de ele dizer se
gostava de algum ó alguns e que a gente pudesse-mos chegar acordo de o museu poder pagar X ou Y ó caso em contrário eu doar ao museu uma ó mais obras das que possuo, e respondeu-me a senhora de imediato perde o seu tempo, porque as ordens que temos é que os quadros que aqui estam ó possam estar seram sempre da colecção particular do Sr.Cachola, a sua intenção é muito bonita mas ele não aceita nada disso que é as ordens que temos.
Cheirou-me ali a um cozinhado desagradável e ainda não tinha entrado no museu a ver o que quer que fosse não tinha ainda passado da recepção, bem de álbum debaixo do braço lá digo á senhora pronto gostei de falar com a senhora foi uma simpatia estou esclarecido e agora se me dá licença vou visitar o museu e ver a exposição, assim fins despeço-me da senhora e começo a entrar para ver a tal colecção particular do homem.
Eu vi o museu todo mas todo, e sai de lá a falar sozinho numa escala de grandeza de 100% noventa e cinco por cento são autenticas borradas, 5% é um ó dois trabalhos que lá estão e se melhor lá havia foram os que já tinham saído, o caso do candeeiro.
Agora eu pergunto aonde estão os críticos de arte que não vão ver isto, a nossa ministra da cultura por onde pára?
Aquela Cidade uma Cidade fronteiriça aonde o turismo aflui em todo o canto e sitio e a ver uma exposição daquelas que em nada dignifica a arte nem a nossa cultura e muito menos a grandeza do edifício, o dinheiro que ali se gastou no restauro que é dinheiro público e o património que é de todos nós entrega-se assim nas mãos de tais senhores, que é caso para dizer mas que grande cachola só para alguns
põem-se directoras na rua competentes como aconteceu á pouco no museu de arte antiga e noutros lugares como o de Elvas consentem-se casos destes. Postado By RBelmonte, atenção da ministra da cultura de Portugal.

Nota de Falecimento Rodolfo Leopoldo Belmonte dos Santos

A familia de Rodolfo Leopoldo Belmonte dos Santos informa todos os amigos do seu falecimento, no passado dia 29 de Março. As cerimonias fune...