É tal a velocidade com que morrem que me perdi nas contas e não sei ao certo se, neste momento, já são 32 ou 33 as mulheres assassinadas por quem, um dia, as jurou amar.
Um flagelo que parece não ter fim. E todos os anos nos encontramos a contar, com pesar, todas estas mortes que resultam da violência doméstica, como se esta fosse a única acção ao nosso alcance, enumerá-las.
Mas a verdade é que enquanto houver juízes que digam que “bater na mulher não é crime nenhum” ou que “uma mulher de 50 anos já acabou a sua vida sexual”, este problema social não tem solução.
Esta falta de justiça torna-nos extremamente vulneráveis, quase chegando a parecer que somos atingidas por um surto de uma doença qualquer que mata, aos poucos, algumas mulheres. As mais infelizes. As mais desprotegidas!
É a ausência de interesse das autoridades e, acima de tudo, a falta de justiça que as faz sofrer. E a morte acaba por ser o fim trágico para onde são arrastadas muitas das nossas mulheres, ao ritmo dramático de uma por semana!
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