blackjack onlinePor Marta F. Reis
Após ano e meio de estudos, a Fundação Gulbenkian apresentou recomendações para garantir a viabilidade do SNS nos próximos 25 anos. Para provar que é possível mudar, vai apoiar projectos que estima gerarem ganhos de saúde e poupanças de mais de 200 milhõe
A comissão da Fundação Calouste Gulbenkian que no último ano e meio se dedicou a estudar o quebra-cabeças da sustentabilidade do Serviço Nacional de Saúde concluiu que dois terços dos doentes atendidos nos hospitais devia antes ter acesso a mais cuidados de proximidade, como apoios no domicílio. A comissão vai agora lançar três projectos para mostrar que é possível uma mudança de paradigma, estimando poupanças para o Estado superiores a 200 milhões de euros por ano. Os peritos defendem que esta mudança é mais vital para a sustentabilidade financeira do SNS do que haver mais dinheiro.
O trabalho da Gulbenkian, esta semana apresentado a Cavaco Silva, ao governo e aos deputados, faz recomendações em sete áreas. Se os autores admitem que muitas conclusões não são novidade, destacam um "défice de implementação" de medidas que tem mantido inalteradas incoerências no sistema, como os hospitais ficarem com mais de metade das verbas para a saúde enquanto as doenças crónicas somam 70% dos encargos.
Os três projectos, destinados a reduzir as infecções contraídas nos hospitais, a diabetes e a promover melhorias na saúde e bem-estar das crianças, acabam por reflectir as ideias chave defendidas pelos peritos. "Queremos provar que é possível mudar", resumiu ao i Nigel Crisp, mentor de reformas de saúde no Reino Unido e coordenador dos trabalhos.
Um dos projectos, que a fundação tenciona implementar em dez hospitais já em 2015, visa a redução das infecções contraídas nos hospitais a metade em três anos. Os peritos defendem que todos os hospitais devem começar a divulgar mensalmente a percentagem de doentes que acaba por apanhar uma infecção durante o internamento, complicando o prognóstico. Com base nessa informação, as unidades com melhor desempenho poderão "apadrinhar" os piores e debater boas práticas. Nigel Crisp adianta que, em Inglaterra, as taxas de infecção chegam a ser afixadas à porta das instituições, para serem do conhecimento de profissionais e utentes. O mesmo já é feito com taxas de mortalidade em tratamentos, o que defende que seria vantajoso em Portugal.
Um segundo projecto visa prevenir 50 mil novos casos de diabetes até 2020 e assenta em sinergias entre associações doentes e autarquias, outro princípio defendido pela comissão.
O trabalho da Gulbenkian, esta semana apresentado a Cavaco Silva, ao governo e aos deputados, faz recomendações em sete áreas. Se os autores admitem que muitas conclusões não são novidade, destacam um "défice de implementação" de medidas que tem mantido inalteradas incoerências no sistema, como os hospitais ficarem com mais de metade das verbas para a saúde enquanto as doenças crónicas somam 70% dos encargos.
Os três projectos, destinados a reduzir as infecções contraídas nos hospitais, a diabetes e a promover melhorias na saúde e bem-estar das crianças, acabam por reflectir as ideias chave defendidas pelos peritos. "Queremos provar que é possível mudar", resumiu ao i Nigel Crisp, mentor de reformas de saúde no Reino Unido e coordenador dos trabalhos.
Um dos projectos, que a fundação tenciona implementar em dez hospitais já em 2015, visa a redução das infecções contraídas nos hospitais a metade em três anos. Os peritos defendem que todos os hospitais devem começar a divulgar mensalmente a percentagem de doentes que acaba por apanhar uma infecção durante o internamento, complicando o prognóstico. Com base nessa informação, as unidades com melhor desempenho poderão "apadrinhar" os piores e debater boas práticas. Nigel Crisp adianta que, em Inglaterra, as taxas de infecção chegam a ser afixadas à porta das instituições, para serem do conhecimento de profissionais e utentes. O mesmo já é feito com taxas de mortalidade em tratamentos, o que defende que seria vantajoso em Portugal.
Um segundo projecto visa prevenir 50 mil novos casos de diabetes até 2020 e assenta em sinergias entre associações doentes e autarquias, outro princípio defendido pela comissão.
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