20 de fevereiro de 2007

Numa ida á televisão perdi um filho



Num directo de televisão quando a mesma era o seu dia de aniversário e fazem a transmissão muito alongada, e convidam muita gente, uns bonitos e bonitas outros nem por isso, que se calhar foi o meu caso.
Mas lá foi convidado mais minha esposa, e como era uma estação de televisão que até admiro bastante lá fomos, mas levei um dos meus filhos, o apresentador era o Manuel Luís Goucha, e como já era há uns anos pintor de arte contemporânea levei um quadro em tela lindo a obra é um vulcão no mar, e é aos quadros que pinto que lhes chamo meus filhos, e á pintura minha paixão.
Então pensando que aquele dia ia ser um dia feliz como poucos que tenho tido ao longo da minha vida, estava em ambiente de festa pensava eu, fomos para o Bar eu e a Elisa comermos qualquer coisa, quando é o meu espanto que encontro lá o já falecido Canto e Castro que o admirava como actor e éramos bem conhecidos, ficamos então os três na mesa, passados alguns minutos, entra no bar o Manuel Luís
que me conhecia e conhece á légua, eu humildemente levantei-me da mesa. ele estava no balcão a pedir o serviço, e foi cumprimentá lo desejando-lhe um feliz dia para apresentação do programa, dizendo lhe também que tinha uma lembrança para lhe entregar, ele disse sim senhor, eu voltei para a mesa e quando vou para baixo dirijo-me aos camarins andava ele de um lado para o outro á espera de iniciar o programa e eu com um sorriso de simpatia e com a humildade que me é conhecida tinha na mão o quadro que lhe ofereci, dirijo-me a ele e disse-lhe Manuel Luís tal como lhe disse tenho aqui um quadro que foi pintado por mim e que faço gosto em lhe oferecer, pois o senhor importante nem pegou no quadro e disse-me de mau tom
ponha para ali no chão junto aquelas coisas, que era um canto nos camarins com alguns sacos de plástico cheios de pó em aspecto de abandono, e nem um obrigado e quando acabei de deixar o meu filho com uma grande tristeza já o Manuel Luís Goucha estava de costas ao fundo dos camarins falando para outra Gente como se de nada se tive-se passado.
O quadro ia embrulhado levava uma dedicatória dirigida a ele e um cartão de visita meu, a minha esposa perguntou-me então ele gostou eu disse que sim, para não lhe estragar a manhã, para estar triste como a noite já bastava eu, mas ela notava que algo não estava bem comigo, chegou a hora do almoço disse para minha esposa vamos embora, e o directo era até ás 19.00 horas, e ela diz-me já te queres ir embora eu nem sei como ainda aguentei estar na plateia quatro horas para ai.
viemos embora e por o caminho foi contando á esposa, diz-me ela vais ver quando ele vir o quadro e ler vai te escrever.
E eu foi sempre esperando até hoje, não sei o que possam ter feito, ó sucedido ao meu filho, e o Manuel Luís Goucha esqueceu-se que um artista vive do currículo que vai construindo dia a dia, mês a mês, ano a ano, tal como ele constrói o seu
todos os dias, e esqueceu-se quando andava a pedir receitas de culinária para levar para a televisão, para chegar onde chega hoje, mas nem por isso lhe quero mal, só que perdoar sempre se perdoa mas esquecer é que nunca.


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1 comentário:

Anónimo disse...

ORA BEM...
O RODOLFO DIZ: "UM PORTUGUES ASSIM"...
Eu digo: Há pessoas assim....
Depois de ter lido a história do que lhe aconteceu com o Goucha...confirmei a ésima impressão que tenho dele...e eu n vejo televisão!!
Adorei o seu Blogue, acho que deve promover e dignificar o seu árduo trabalho...(pois só dão valor ao que não devem..)Infelizmente.
Um quadro pode levar alguns anos a concluir! CVonforme a motivação, o estado de espírito do seu autor!!
Parabéns e continue!
Gosto muito do seu trabalho.
FR

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