blackjack onlineA queda do BES levou as poupanças de milhares de portugueses, mas retirou-lhes também confiança. Muitos perderam quase tudo. No BES, perdeu-se muito mais do que um banco. E há lições que se aprenderam.
Por Rita Faria - Jornal de Negócios
"Se me serviu de alguma coisa isto tudo? Serviu-me para não repetir". E depois, o silêncio. Fica muitas vezes um silêncio conformado entre as frases de Joaquim de Almeida quando fala do único investimento que tinha - e que perdeu - de cerca de 10 mil euros em acções do Banco Espírito Santo (BES). Reformado, com 78 anos, diz que, para si, "os investimentos acabaram". Até porque a principal lição que retira da sua perda é que é preciso desconfiar. De tudo e de todos.
A queda do Banco Espírito Santo, há cerca de três meses, levou as poupanças de dezenas de milhares de pequenos investidores. De acordo com as informações que constavam no site do BES, só pequenos accionistas eram, a 14 de Julho deste ano, cerca de 33 mil. Mas, mais do que as poupanças, na maioria dos casos, o BES retirou-lhes confiança nos bancos, nos gestores de conta, nos responsáveis políticos e nos supervisores. No fundo, no "sistema". "Hoje em dia há que desconfiar de tudo e de todos. Mesmo quando as entidades de supervisão dizem que está tudo bem. Como é que podemos acreditar numa coisa dessas depois do que se passou?", questiona Joaquim de Almeida, recordando as palavras que acreditou serem de confiança transmitidas pelo governador do Banco de Portugal e mesmo pelo Presidente da República pouco antes do colapso do banco.
Há que desconfiar de tudo e todos. Mesmo quando as entidades de supervisão dizem que está tudo bem. Como é que podemos acreditar depois do que aconteceu?Joaquim de Almeida, Reformado, 78 anos
Há que desconfiar de tudo e todos. Mesmo quando as entidades de supervisão dizem que está tudo bem. Como é que podemos acreditar depois do que aconteceu?Joaquim de Almeida, Reformado, 78 anos
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